quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sétimo Capítulo

A inocência de uma criança deve ser respeitada e preservada. E porquê tamanha afirmação profunda?Quando era criança lembro-me de ver filmes e ler livros tranquilamente na expectativa do que vinha a seguir mas sempre com a leveza do pensamento e raciocínio inocente. Agora sinto falta disso. Dou por mim ansiosa nos momentos de maior felicidade, principalmente em filmes, no êxtase de um amor confessado ou de uma amizade reforçada, à espera de uma tragédia que se siga e principalmente da morte dos protagonistas do enlace.

Isto deve dar e tem com certeza um fundamento psicológico. Eu vejo-o como o corromper das vivencias, o negativismo e os desapontamentos que nos rodeiam. Enquanto crianças esperamos o melhor da vida, as perspectivas são optimistas, o amor eterno e a morte longínqua. Á medida que os anos avançam a vida trata de nos dar uma lição, ensina-nos que o amor é muitas vezes, demasiadas vezes, quebrado e a morte muito menos improvável e menos desconhecida.
Não me considero uma pessoa pessimista, aliás sou bastante sonhadora, sou daquelas que sonha com os destinos das imagens e textos de revistas de viagens, daquelas que chora nos filmes com tudo o que é emocionante a às vezes até com o que não é (segundo o João), que adora perder-se nos cheiros da cozinha e muitas vezes prepara pratos com calma e com todos os movimentos controlados para que cada um seja sentido e tenha significado, daquelas que quando caminha respira com prazer o ar fresco e pensa “como eu gosto de estar viva!”.
Mas o que é certo é que às vezes, o inconsciente prega-me partidas.



PS: Uma das coisas boas da vida, encontrei um quiosque / banca nos Armazéns do Chiado que vende destes bolinhos, hoje não tinha dinheiro, gastei-o num belo gelado da “Santinis”, mas assim que receber lá vou eu com a menina Isabel comer os maravilhosos bolinhos Parisienses e “Blairenses” :P

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