quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Primeiro Capítulo - parte 2

Hoje pus-me a fazer limpezas, o que já não era sem tempo, é uma vergonha o estado a que deixo chegar o meu quarto! Enfim, porcarias à parte escolho estas alturas para organizar uma data de coisas que vão ficando pendentes ao longo da semana e depois de acumular 5 livros na escrivaninha consegui agarrar-me a um - Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares - ainda só vou nas primeiras páginas, mas são nessas que me começo a prender e fico a saber se continuo a viagem ou não.

Pois é, então como escolhemos um livro? Claro que nem todos nos agradam, nem todos nos prendem, por mais atraentes que sejam os resumos ou mesmo a capa, por melhor que seja a opinião de quem nos aconselhou.

Na escola aprendi que se deve abrir o livro ao sabor do destino e ler a primeira página que este escolhe. O meu avô tem um hábito muito peculiar, lê o fim do livro, se gostar da forma como acaba é que começa a ler. A minha avó prefere os livros velhos, com cheiro de bibliotecas e memórias, daqueles que já estão marcados pelo tempo e não precisam de ser amassados para não mudarem de página contra a vontade do leitor. A minha tia não se compromete com o narrador que conta a história na primeira pessoa sobre uma outra personagem, sem que esta apareça ou se quer dialogue.

Eu só me prendo quando deixo de ouvir os sons que me rodeiam, quando estou tão ansiosa para saber o que vem a seguir que quase faço como o meu avô e passo a frente para ler o que vem a seguir, quando não me consigo deitar ou levantar sem antes ler algumas páginas. E aqueles que me marcam, que ficam na minha "lista dos melhores livros" são aqueles que ficam na minha memória, que me acompanham para o resto da vida, e se impõem na forma de recordações e excertos.

1 comentário:

  1. Tenho por hábito ler o final do livro antes de começar a lê-lo. Não sei como nem porquê, mas ganhei esse hábito. A verdade é que ficamos com 2 prespectivas diferentes do final. A primeira, quando lemos o final antes de começar o livro é óbvio que este não faz sentido, não percebemos porquê. A segunda, quando chegamos às últimas linhas do livro aí sim, percebemos o final dele.
    Quando o livro é bom perdemo-nos nas palavras, entramos na viagem do romance e por poucos momentos 'esquecemo-nos' que as palavras são palavras e entramos 'na viagem'.

    A leitura é um hábito que jamais vou querer perder.

    Beijinho :)

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