Fomos de metro e de eléctrico. Foi a primeira vez que andei no 28. Estava quase vazio. Chegamos ao nosso destino e começamos no miradouro, a partir dai foi sempre a descer, com muitas curvas e desvios, caminhos ditados pelas ruelas estreitas e cheias de história.
A protagonista: Isabel
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ResponderEliminarOutra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Álvaro de Campos